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Filmes da Mostra #6: Metropia

Quando eu pensei que já tinha visto de tudo nessa vida, me deparo com a animação sueca “Metropia”, que vai além de tudo o que um dia considerei esquisito. Fui assistir meio às cegas, porque entre os dubladores estão nomes conhecidos como Vincent Gallo, Juliette Lewis, Stellan Skarsgard e o filho Alexandre (o Eric de “True Blood”). Não sabia, por exemplo, que o diretor Tarik Saleh estaria presente, mas me mandei antes do debate, porque nada do que vi me despertou interesse em conhecê-lo (entrementes, Fernando Meirelles estava perambulando alegremente pelo HSBC, o cinema do qual é sócio; ele é pura simpatia e alto astral, mas só tive tempo de apertar sua mão antes de correr para outra sessão). É claro que meus quinze segundos ao lado do Meirelles foram mais especiais que toda essa baboseira europeia pretensiosa, mas vou me ater ao tema deste post para impedir os desinformados de se meterem na mesma roubada que eu.

metropia

Veja se o plot não é a coisa mais absurda que a mente humana já concebeu! Quinze anos no futuro, a Europa é super policiada, a ponto dos estrangeiros serem deportados através de um programa de TV sensacionalista. Todo o continente foi reformado para que linhas de metrô interliguem os países, numa circulação fechada. O protagonista é um controlador de tráfego que começa a ouvir vozes. De início pensa que sofre de esquizofrenia, mas vai descobrir que está se comunicando com uma outra pessoa – e que esse fulano monitora a sua mente porque nos frascos de shampoo de uma certa companhia estão escondidos microchips, que se infiltram pelo couro cabelo até o cérebro de seus usuários! Pois é, só vendo pra crer! Se a premissa bizarra fosse executada com competência, porém, poderia originar algo curioso. Acontece que nem bem resolvido o filme é. A animação é tosca, os personagens são um saco, e a fotografia lavada de cores só reforça o tom monótono e instiga, de vez, o desligamento da plateia. Um horror! Dou um mísero pontinho pela trilha sonora, que, diferentemente do roteiro, se esforça para empolgar.

.:. Metropia (Idem, 2009, dirigido por Tarik Saleh). Cotação: E+

Categorias:Cinema
  1. 26 outubro 2009 às 9:29 pm

    Chips em shampoos? hum… Acho melhor nem comentar.
    =*

  2. 27 outubro 2009 às 3:01 pm

    Fiquei chocado com o filme, só pela cotação nem vale a pena eu assistir. Mas que bom que encontrou Fernando Meirelles!

    • 28 outubro 2009 às 1:05 am

      Mark, imagine o meu choque então!!! Mas sim, o encontro com o Meirelles apagou qualquer frustração da minha cabeça! 🙂

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