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As melhores trilhas do Cinema

Para quem estava sentindo falta dos top 10, aí vai uma lista especial sobre cinema e música – ou melhor, sobre as músicas do cinema. Com muito amor e carinho, listei as 10 trilhas sonoras mais marcantes para mim. E faço um agradecimento crucial à Simone, minha amiga, compositora formada pela UCLA, que deu palpites, sugestões e opiniões profissionais, além de me disponibilizar os álbuns completos de algumas das melhores trilhas da História. Disso eu nunca vou esquecer!

E os trilheiros finalistas do Letters from Louis são:

 

10. Henry Mancini, por “A Pantera Cor de Rosa”

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O tema foi composto por Henry Mancini para o filme do Blake Edwards de 1963, mas continuou sendo utilizado em todas as continuações e variantes da série (mais de uma dezena de produções de cinema, além de curtas e programas animados na TV). É legal, diferente, característico e memorável, a ponto de valer por todo o álbum. Quem o escuta já o liga automaticamente à Pantera Cor de Rosa, e isso é coisa que poucas trilhas conseguiram fazer.

 

9. Elmer Bernstein, por “O Sol É Para Todos”

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Ano vai, ano vem, “O Sol É Para Todos” se mantém como um dos filmes mais bonitos e edificantes que já vi (um dos meus pecados literários é nunca ter botado as mãos no romance de Harper Lee que o originou, algo que pretendo corrigir o mais breve possível). Esta é uma história delicada, bastante sulista, sobre racismo, honra e dignidade, com soluções amargas e complicações que não se resolvem com besteiras. Mas o trilheiro Bernstein compreendeu a importância da menina Scout para a narrativa, e compôs melodias afáveis, corretas para as traquinagens dos pequenos e também para os momentos mais tristes, difíceis e cruéis.

 

8. Hans Zimmer, por “Conduzindo Miss Daisy”

driving

Atire a primeira pedra quem não ficou cantarolando ou assobiando o tema principal de “Conduzindo Miss Daisy” durante dias após ter assistido ao filme! Com combinações ousadas, mas nunca menos que doces ou adoráveis, Zimmer encontra o tom certo para esta fita diferenciada, puxada para o humor mesmo nas situações que renderiam um dramalhão tradicional. Leve, simpática e contagiante!

 

7. Henry Mancini, por “Bonequinha de Luxo”

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A canção “Moon River” é um clássico absoluto, seja entoada por Audrey Hepburn, seja em sua versão estendida, com a primeira metade instrumental. A trilha de Henry Mancini (em sua segunda aparição nesta lista) é a cara do filme e de sua protagonista: fina, elegante e apaixonante. Por isso é reprisada ocasionalmente até hoje, em longas e séries que almejam este resultado – e é conhecida mesmo por quem nunca ouviu falar em “Bonequinha de Luxo”.

 

6. Howard Shore, por “O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei” 

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A mais recente das trilhas selecionadas por mim, vencedora do Oscar da categoria há cinco anos. Engrandece lindamente as sequências de aventura, e mesmo durante o clímax não exagera nos adornos, mantendo a sensibilidade onde poderia facilmente ser marcial. O roteiro peca pelo excesso de conclusões, mas até o último suspiro a trilha está lá, como uma boa e eficiente catarse. Linda!

 

5. Alan Menken, por “A Pequena Sereia”

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Esta é a minha trilha favorita para um filme infantil, e um momento pra lá de inspirado de Alan Menken, compositor recorrente da Disney. Não é pra menos que ele tem 8 Oscars, pelas trilhas e canções originais de “A Bela e a Fera”, “Aladdin”, “Pocahontas” e deste “A Pequena Sereia”. Menken é um sopro de ar fresco, craque tanto nas faixas melosas (fofinhas ou quase sonolentas) quanto nas batidas mais agitadas (o arranjo de “Under the Sea” é, na minha opinião, sua obra-prima). Não deixe de ouvir!

 

4. John Williams, por “E.T. – O Extraterrestre”

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Se eu fizesse uma lista com as cenas mais marcantes do cinema, o voo das bicicletas em “E.T.” certamente estaria entre as primeiras colocações (aliás, taí uma boa ideia para um próximo tópico – devidamente anotado!). Mas será que essa cena transbordaria da mesma magia sem a trilha monumental de John Williams para acompanhá-la? A resposta é óbvia: claro que não. Uma história universal e atemporal pedia por uma trilha nas mesmas proporções – e conseguiu, tintim por tintim!

 

3. John Williams, por “Star Wars”

star wars

Outro trabalho de mestre de John Williams. Esqueçam dos três filmes recentes: “Star Wars” faz por merecer o auê em torno de sua mitologia pela excelente trilogia original, que abre todos os capítulos com os letreiros hoje famosos e muito copiados, ao som do inconfundível tema da saga. Pomposo, convidativo, adequado e lancinante quando tem que ser.

 

2. Ennio Morricone, por “Cinema Paradiso”

ost cinema

Morricone é um gênio inatacável, há pouco tempo presenteado pela Academia com um Oscar honorário – e uma lista de trilhas sem uma vaga reservada a ele perderia sintomaticamente qualquer credibilidade. Seu trabalho em “Três Homens em Conflito”, pelo qual é mais lembrado, é uma dessas coisas irretocáveis. Mas a minha escolha é o deleite de qualquer cinéfilo, “Cinema Paradiso”, que não atingiria as mesmas proporções sem a trilha meiga, charmosa e inconfundivelmente italiana.

 

1. Max Steiner, por “…E o Vento Levou”

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O filme é, por si só, um marco, revolucionário para a época em que foi feito e igualmente notável nos dias de hoje. É verdade que algumas cenas envelheceram (a mais famosa – Scarlett de joelhos jurando que nunca mais passaria fome – vai contra todos os conceitos contemporâneos de breguice), mas isso não quer dizer que a trilha – que entrou para a eternidade junto do filme – perdeu o seu valor. Da primeira vez que vi “…E o Vento Levou”, no TCM, com a dublagem clássica e o som meio entubado, arrepiei-me todo quando o famoso (e intenso e pesado) tema principal ecoou pela sala, rajado mas imponente. Inesquecível!

 

Você pode estranhar algumas ausências, mas estou satisfeito com meus dez finalistas. “Psicose”, por exemplo, tem uma trilha brilhante para um suspense, assim como “O Exorcista” para um terror – mas apesar de antológicos e coerentes, os temas mais conhecidos destes álbuns não me tocam e são, a uma primeira audição, horríveis (também não ajuda o fato da cena do chuveiro em “Psicose” ter sido tão parodiada e reprisada ao longo dos anos a ponto da trilha que a acompanha – pontiaguda como as facadas desferidas contra Janet Leigh – ter perdido o impacto e se tornado banal). Logo, não as incluí. Mas que deu dor no peito deixar de fora as belíssimas melodias de “Em Busca da Terra do Nunca” e “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, ah deu!

Fazer o que? São só dez vagas e muitas opções para encaixar. Fique à vontade para compartilhar o seu top de trilhas da vida!

Categorias:Cinema, Música, Top 10
  1. deiachan
    15 agosto 2009 às 2:26 am

    sobre esse post, ariel é lindo demais mas eu amo mesmo a trilha do aladdin xD

    sobre seu post do true blood: a-m-e-i xDDDDD e penso exatamente como vc XD aliás eu e o marcel, que tá tão viciado quanto eu \o/

    e sobre o harry potter, realmente o daniel se estragou com a maturidade… meldels =/
    e eu tb sempre achei que harry potter é um filme feito pra quem já conhece a série, eu vejo que todo mundo que assiste que não leu o livro fica completamente perdido (fui ver o 6º com a aika e ela não sacou que o molequinho era o voldemort, pensando depois as coisas não ficam muito claras mesmo, essa história de falar no tom riddle não é tão auto-explicativa pra quem não leu)

    e a narrativa vai ficando mais difícil e pesada a cada livro, eu achei legal que isso ficou perceptível nos filmes… agora tá bem emo e sombrio, aliás o livro 6 é o mais parado então eu achei que as piadas (o rony tá sensacional xD) deixaram tudo bem mais leve

    oq eu gosto dos filmes é que algumas partes são tiradas e tal, outras são inventadas e isso não é muito legal tb, mas oq eles fazem sempre é muito fiel ao livro, eu sempre imagino e vem igualzinho no filme xD bom, tirando a umbridge não-tão-horrenda-e-gorda e o sirius e o lupin que são uns velhos acabados… acho que toda menina sonhou com eles tipo um johnny depp com um loirão bonito pra completah .___.

    e eu continuo achando o sexto filme total malhação xD muuuuuita cena descenessária de amoricos e a hermione tá com uma placa na cabeça escrito EU GOSTO DO RONY e ele nada e ainda não entende pq ela fica brava, muitíssimo forçado… preferia menos piada e mais história -_-

    • 15 agosto 2009 às 2:59 am

      Déia e seus comentários impagáveis! LOL

      Então, miguxa. Também adoro a trilha do Aladin, mas como não queria monopolizar e já tinha feito essa menção ao Alan Menken, Aladin pode se sentir elogiado! 🙂

      True Blood só melhora né? Afe. É uma corrente de vício huahuahua… Eu te arrastei, você arrastou o Marcel, a sua irmã, o Taba (com essa, How I Met Your Mother, House e variantes). Um perigo!

      Harry Potter, vamos lá… Eu ADOREI esse sexto filme, acho que foi o único que me fez sair do cinema 100% satisfeito (O Prisioneiro de Azkaban chegou perto). Tem seus momentos Malhação, mas nada tão tosco, e tudo convergido como boas tiradas cômicas (o Rupert, que faz o Rony, leva jeito como comediante e a menina que eles escolheram como namoradinha dele é ótima)! E gosto do clímax, acho a sequência da caverna primorosa (e aquele zumbi agarrando o braço do Harry foi o primeiro e único susto autêntico dos filmes da série – já vi a cena três vezes e pulei pra trás em todas elas). E de todos os filmes, acho que esse é o que mais se sustenta sem que o espectador tenha que ter lido os livros (desde que tenha visto antes todos os cinco outro filmes, que é onde explicam a origem do nome do Voldemort e tal). Também o que tem a melhor trilha, com algumas das faixas mais bonitas do ano.

      Quanto aos anteriores, tem esse problema: a história pode confundir quem ainda não conhece, especialmente os menorzinhos. O elenco adulto é quase sempre composto pelos melhores atores do teatro inglês, competentes mas por vezes nada parecidos com a descrição dos personagens nos livros. O Sirius, por exemplo, não tem o vigor com que a Rowling o descreveu, mas é interpretado pelo Gary Oldman, um ator inatacável. Já a Umbridge, apesar de ajeitadinha demais, é vivida por uma atriz formidável – eu até a indicaria ao Oscar de coadjuvante naquele ano! 🙂

      É bacana ver como eles foram pesando o tom aos poucos, mas só O Prisioneiro de Azkaban e O Enigma do Príncipe, para mim, justificaram essa abordagem (o quarto e o quinto são mais problemáticos). E os dois primeiros são café com leite huahuahuahua…

      Beijo! xD

  2. Régis
    15 agosto 2009 às 9:03 am

    A minha trilha do Morricone favorita é do “Malèna”… colocaria na lista tbém a do “Brokeback Mountain” que eu amo, e por fim, minha favorita, do “Angels in America”. O trabalho do Thomas Newman nesse filme mearrepia.

  3. V de Vingança
    15 agosto 2009 às 4:24 pm

    bela lista!

    a trilha do retorno do rei realmente funcionou bem demais.

    john williams e enio morricone são essenciais.

    e eu gosto das trilhas sonoras dos filmes do Cameron Crowe, mas, o que ele faz é selecionar várias músicas excelentes… não é um trilha sonora feita especificamente pros filmes…

    abraços!

    • 15 agosto 2009 às 6:26 pm

      Régis, gosto da trilha do Brokeback, mas mesmo naquele ano teria dado o Oscar para a de Orgulho e Preconceito! E a trilha do Angels in America é mesmo muito bonita, mas não a colocaria num top 10!

      V, Cameron Crowe é um mega entendido de música, já que trabalhou como crítico musical quando ainda era guri! As trilhas dos filmes dele são apaixonantes e viciantes, mas não originais – quem sabe eu faça uma lista, em breve, de trilhas adaptadas? 😉 Abraço.

  4. 15 agosto 2009 às 9:46 pm

    Eu já tava entrando na postagem pronto pra descer a lenha aqui caso eu não achasse o Star Wars na lista. Mas que bom, foste justo! AOISHOIAHSOIAHS enfim, parabéns

    • 15 agosto 2009 às 10:00 pm

      Iago, mas é claro que não faltaria Star Wars rsrsrs… Considerada por muitos a melhor trilha de todos os tempos, e por mim, digna de um top 3!

      E obrigado pelos parabéns!

  5. Gustavo H.R.
    17 agosto 2009 às 2:30 am

    Tens excelente gosto musical. A trilha de E.T. decerto estaria na minha lista, que é encabeçada por JURASSIC PARK, também do mestre Williams.

    Cumps.

    • 17 agosto 2009 às 3:02 am

      Gustavo, como já tinha dado duas vagas para Williams, deixei de fora a de Jurassic Park, que também é sensacional! Pelo visto, nossos gostos coincidem em muita coisa! o/

  6. Weiner
    17 agosto 2009 às 5:12 pm

    Simplesmente adoro as trilhas que selecionou, tive a oportunidade de ouvir quase todas por completo (só não conferi a de “Miss Daisy” e “Bonequinha de Luxo”). Max Steiner fez algo estupendo em “O Vento Levou”, inesquecível mesmo. Senti falta de “The Hours”, de Phillip Glass. E eu A-M-0 “O Sol é Para Todos”, trilha e filme… Maravilhosos.
    Abs!

    • 18 agosto 2009 às 1:24 am

      Weiner, a trilha de “As Horas” é das minhas favoritas em anos recentes, mas não consegui encaixá-la num top 10. De qualquer forma, fico feliz que curta “O Sol É Para Todos” – todo mundo que assiste esse filme fica apaixonado por ele, mas conheço poucas pessoas que o conferiram. Abraço!

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